Você conhece a queda de cabelo chamada alopecia fibrosante frontal?

Publicado por link9 em

A alopecia fibrosante frontal é um tipo de queda de cabelo que como o nome está dizendo, promove fibrose na região frontal.

Trata-se de um tipo de queda de cabelo irreversível, pois a raiz do cabelo morre devido a fibrose que nada mais é do que um tipo de cicatriz.

Há cerca de 10 anos essa alopecia era considerada rara e víamos 1 caso em cerca de cada 100 que atendíamos. Hoje parece haver uma verdadeira epidemia dessa doença tal é o número de pessoas com esse diagnóstico.

A clínica dessa alteração é caracterizada por aumento desproporcional da testa e perda dos fios inclusive daqueles pelos muito finos que chamamos de penugem. Além disso na alopecia fibrosante frontal pode haver uma coceira, ardor e descamação ao redor dos folículos pilosos.

Os pelos do corpo podem diminuir ou desaparecer muitos anos antes do problema comprometer o couro cabeludo. Também as sobrancelhas são afetadas e podem ficar muito ralas. Aparecem também lesões de pele que se caracterizam por pápulas cor da pele que não doem e não coçam. Também ocorrem sintomas como escurecimento e manchas na pele.

A alopecia fibrosante frontal ainda não tem sua causa estabelecida e, portanto o tratamento é mais difícil por falta de conhecimento específico. Foram levantadas algumas hipóteses que podem justificar o aparecimento dessa alopecia, como o uso de filtro solar, e também procedimentos estéticos capilares. No entanto, nada foi comprovado até o momento.

Para fazer o tratamento da alopecia fibrosante frontal é importante procurar o dermatologista para que o diagnóstico correto seja realizado. A alopecia fibrosante pode confundir com calvície, com alopecia areata que é uma doença auto imune e também com outras alopecias cicatriciais. O diagnóstico é feito com um exame clínico detalhado e também com a dermatoscopia. A dermatoscopia é feita com um aparelho que aumenta muitas vezes a visualização das estruturas e evidencia algumas características específicas dessa doença. O mais característico é a ausência dos fios chamados VELUS que são aqueles muito finos (penugem) além de uma inflamação e descamação ao redor dos folículos da região da testa.

O tratamento deve ser decidido pelo médico e paciente e deve ser iniciado prontamente para impedir a progressão da doença. São utilizados corticoide tópico e sistêmico, cloroquina, finasterida, entre outros.

O mais importante é diminuir a inflamação ao redor do folículo para impedir a progressão da doença. Também são feitos procedimentos off label como microinfusão de medicamentos na pele MMP®, além da utilização de luz LED e laser de baixa potência.

Procurar ajuda especializada para tratar o mais precocemente possível é fundamental para aumentar o sucesso do tratamento.

 

Dra. Denise Steiner
Dermatologista
CRM: 36.505 - RQE 6185

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