Semana da mulher – Tratamento íntimo é necessário?
Tratamento íntimo é necessário?
O que está mudando atualmente? Tudo está mudando. A expectativa de vida é muito maior e passamos viver 90 anos ao invés de 70 anos.
As mulheres, há muito tempo alcançaram o mercado de trabalho e cumprem quando podem a dupla jornada de trabalho. Profissão e família, cuidam dos filhos se também ocupam, os mais diversos cargos corporativos, executivos, entre outros.
No entanto, a idade em que a menopausa se instala continua a mesma, por volta dos 45 a 55 anos e depois da última menstruação essas mulheres tem níveis mais baixos de estradiol além de vários outros sintomas que têm impacto no seu dia a dia.
Muitas mulheres referem que seu médico ginecologista não aconselha a reposição hormonal, outra referem que não tem qualquer sintoma e, portanto, não necessitam de reposição hormonal.
Todas essas considerações são relevantes e significantes, mas na verdade vai ocorrer uma mudança fisiológica significativa que tem que ser encarada de frente.
Sintomas
Algumas mulheres vão apresentar sintomas como: calores, insônia, variações de humor, dores articulares entre outras. No entanto, no que se refere a pele, todas as mulheres vão apresentar afinamento da mesma com diminuição do colágeno e ressecamento importante.
O ressecamento é generalizado atingindo além da pele também as unhas e o cabelo. Isso ocorre principalmente pela diminuição de estrógeno que gera menor quantidade de água na pele. Além disso, a velocidade de formação do colágeno diminui significativamente deixando a pele mais flácida em todas as regiões. A desidratação, afinamento e diminuição do colágeno tornam a pele mais sensível, frágil e flácido.
Em relação ao relacionamento íntimo essas alterações provocam dor, sobremaneira a vida do casal.
A mulher passa a sentir dor e desconforto na relação sexual e começa a diminuir sua frequência.
Quando a reposição hormonal é uma escolha essa sintomatologia pode ser mais controlado. Mas, muitas vezes a mulher não pode realizar a reposição hormonal por riscos específicos ligados à sua genética e histórico de saúde.
Tratamentos alternativos como laser íntimo
Nesse caso podem ser feitos tratamentos alternativos como laser íntimo, radio frequência além de preenchimento e também tratamentos no espectro da medicina regenerativa como Plasma Rico em Plaquetas.
O laser íntimo pode ser feito com alguns tipos de aparelhos, portanto o comprimento de onda conseguido pelo Erbium Yag ser mais seguro e eficaz do que o laser de CO2. O laser é aplicado tanto internamente em toda parede vaginal, como na parte mais externa, melhorando a incontinência urinaria leve e a tonicidade da pele da região.
O mecanismo de ação é liberação de calor com estímulo de formação de colágeno e também melhora da fisiologia local.
O laser íntimo é aplicado 1 vez ao mês de 3-4 vezes. Portanto o pós operatório é muito tranquilo sem dor e com restrição da relação sexual por cerca de 2-3 dias. A melhora da incontinência urinaria leve é significativa e as mulheres que perdiam urina por esforços, tosse ou urgência urinária, conseguem inibir esses sintomas. A melhora da qualidade da pele com mais tonicidade, tornam a relação sexual muito mais prazerosa pela diminuição de dor e sensibilidade local
O preenchimento na região intima pode ser feita com ácido polilático ou hidroxiapatita de cálcio para melhorar o aspecto dos pequenos e grandes lábios.
A hidroxiapatita de cálcio que é um Bioestimulador, que também melhora a quantidade de colágeno e ajuda a diminuição da dor e a sensibilidade.
Converse com seu médico sobre novas opções terapêuticas para esse período tão importante da vida de uma mulher.
Dra. Denise Steiner
Dermatologista
CRM: 36.505 - RQE 6185
- Médica Dermatologista
- Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
- Residência no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP (1980-1982)
- Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD
- Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
- Especialista em Hansenologia
- Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP
- Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD