Pele fotoenvelhecida

A pele tem, diferentemente do restante dos órgãos, dois tipos envelhecimentos: o envelhecimento cronológico ou pela idade e o fotoenvelhecimento, que é o envelhecimento pelo sol.

A pele é o maior órgão do corpo humano, representando uma barreira de proteção, que interage constantemente com as agressões externas (fotoenvelhecida). Portanto, olhem para as pessoas idosas e observem como a pele da área exposta é muito mais envelhecida do que a pele não exposta.

A radiação do sol tem vários tipos de luzes que agridem o organismo de diferentes formas. Dessa forma, a radiação ultravioleta B chega à superfície da Terra entre 11 horas da manhã e 14 horas da tarde, penetrando na camada epidérmica e lesando o DNA de suas células, sendo a grande responsável pelo câncer de pele.

A outra radiação importante é a ultravioleta A que chega à superfície terrestre desde o amanhecer até o anoitecer. Assim sendo, essa radiação penetra mais profundamente na pele, indo até a derme, atingindo vasos, células e fibras de colágeno e elastina. Essa luz promove sua agressão através da oxidação dando impulso à formação de radicais livres, que destroem membranas, fibras e células, e provocam inflamação permanente.

Câncer de Pele

A interação entre a luz UVB e UVA potencializa essa agressão, sendo que as duas juntas são as principais causas de aparecimento do câncer de pele.

Por volta dos 25 anos a maior parte das pessoas já acumulou danos nas estruturas cutâneas, capazes de promover o câncer de pele. Felizmente quando somos jovens temos mecanismos de defesa e reparação muito eficientes que minimizam essas agressões. No entanto esses mecanismos vão ficando desgastados e precários com a idade mais avançada. Logicamente existem vários fatores que interferem nesse acontecimento como: genética, saúde geral, grau de exposição ao sol e imunidade individual, entre outros.

Com isso, podemos afirmar que o câncer de pele aparece na pele fotoenvelhecida devido ao acúmulo de radiação ultravioleta durante a vida e desgaste dos sistemas individuais de reparação cutânea. Por esse motivo, em suma, é importante usar filtro solar com proteção para UVA e UVB todos os dias. ou seja, esse filtro solar protege em relação aos danos do DNA celular e evita a oxidação e agressão às estruturas da pele, minimizando o aparecimento do câncer de pele.

Além dessa proteção, conclui que é preciso ficar atento a lesões que não cicatrizem e pintas enegrecidas assimétricas, com bordas irregulares e colorações variadas.

Assim, dessa forma a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais para melhores resultados no tratamento do câncer de pele.

Dra. Denise Steiner - Dermatologista - CRM: 36.505 - RQE 6185

• Médica Dermatologista
• Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
• Residência no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP (1980-1982)
• Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD
• Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
• Especialista em Hansenologia
• Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP
• Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD