O melasma é um tipo de envelhecimento cutâneo?

Publicado por link9 em
manchas

Sim, esta é uma informação importante e atual.

Aquela mancha chamada melasma, que aparece em mulheres jovens e com cútis miscigenada pode ser uma forma de envelhecimento.

A pele é o maior órgão do corpo humano com várias funções, entre elas a produção de melanina que protege o organismo da agressão da luz ultravioleta (solar). Quando a pele recebe muita radiação ultra violeta tanto UVA como UVB ela envelhece e pode apresentar câncer de pele.

Além disso, quando a pele sofre agressões traumáticas, como peelings, cortes, eletro cauterizações ela produz mais pigmento (melanina) para ajudar a recuperação da mesma. A produção de melanina é uma espécie de proteção para a mesma.

O melasma é uma mancha acastanhada, como uma máscara, frequente nas mulheres jovens e morenas. Ele aparece principalmente na face, região da testa, bochechas, buço e também na mandíbula. As mulheres tem muito mais melasma do que os homens.

Hoje sabemos que as peles que apresentam alterações histológicas relacionadas ao fotoenvelhecimento, como elastose, alterações na membrana basal, vascularização alterada, aumento de mastócitos, são predispostas a terem melasma. Portanto, o melasma mesmo que ocorra em peles mais jovens, está relacionado com fotodano e envelhecimento.

Outro fato muito importante sobre o melasma é que além dele piorar com a  radiação ultra violeta A e B vindas do sol ele também piora com a luz visível emitida pelas lâmpadas, telefone celular e computadores. É interessante observar, que enquanto as pessoas claras pioram com a luz do sol (ultravioleta A e ultravioleta B), as pessoas mais morenas são mais sensíveis a luz visível (lâmpadas, telefone celular e computador).

O tratamento do melasma é difícil e desafiador.

A primeira abordagem é a proteção solar rigorosa, usando o filtro bem espalhado 3 a 4x ao dia. O melhor protetor é o físico com nº alto e também com cor de base. O filtro físico é aquele que reflete a luz do sol sem absorvê-la, o nº deve ser maior que 50 e a cor é importante para proteger da luz visível.

O tratamento do melasma deve abordar o fotoenvelhecimento com ácidos, como retinóico ou glicólico, assim como antioxidantes, vitamina C que devem ser alternados com hidratantes e clareadores.

O laser pode ser utilizado para o tratamento do melasma desde que tenha características especiais como baixa fluência (energia) e pulso rápido (nano segundos). Essas características específicas são necessárias para que o calor liberado pelo laser seja moderado e não provoque maior produção de melanina. O laser deve ser feito semanalmente com um total de 12 sessões para conseguir eliminar o excesso de pigmento. O laser nessa frequência também trata o fotoenvelhecimento cutâneo e melhora a qualidade da pele sem agressões exageradas.

- Outro aliado importante para o tratamento do melasma é o ácido tranexâmico que é um remédio e deve ser indicado pelo médico. Respeitando as contraindicações especificas, o ácido tranexâmico inibe vários gatilhos que estimulam o aparecimento de manchas e a piora do envelhecimento.

Hoje, o tratamento do melasma também passa por manter a qualidade da pele e reverter os danos do fotoenvelhecimento.

 

Dra. Denise Steiner
Dermatologista
CRM: 36.505 - RQE 6185

 

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