Câncer de pele
Examinar a cada semana as pintas que você tem no corpo é uma rotina saudável, que contribuiu para a prevenção do câncer de pele.
Todas as pessoas adultas têm pintas no corpo que podem ser planas, com relevo, acastanhadas ou cor da pele e de tamanhos variados.
A preocupação em olhar a aparência das pintas, está relacionada a possibilidade de aparecer um câncer de pele chamado melanoma.
O câncer de pele é o tumor mais frequente na nossa população.
Podemos dizer que existem três tipos de câncer de pele relevantes: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Os dois primeiros estão fortemente relacionados à radiação solar e aparecem mais nas áreas expostas ao sol, principalmente no rosto. Tanto o carcinoma basocelular como o espinocelular são lesões inflamadas e avermelhadas, lembrando feridas que nunca cicatrizam.
Já o melanoma aparece como uma mancha, nódulo ou tumor escurecido com padrões irregulares. Ele é o câncer de pele mais agressivo, pois pode dependendo da sua profundidade causar metástases que são lesões malignas comprometendo outros órgãos do corpo.
Por esse motivo quando lesões escuras são assimétricas, irregulares e com muitas cores devem ser examinadas com atenção.
Aprenda a examinar suas pintas seguindo o critério do ABCD:
A - Assimetria
Quanto mais assimétrico, mais perigoso.
B - Borda
Quanto mais irregular maior o risco
C - Cores
Cores variadas como marrom, cinza, branco, preto podem representar maior instabilidade da lesão
D - Diâmetro
Lesões maiores que 0,6cm representam maior risco
Segundo o critério do ABCD a pinta com 2 sinais de riscos ou mais deve ser vista pelo especialista. Além disso, modificações repentinas como sangramento, inflamação, dor e crescimento repentino de lesões satélites são também sinais de alerta.
A prevenção é o melhor tratamento porque o melanoma “in situ” pode ser totalmente retirado levando a cura total. No entanto, quando a lesão já avançou além da epiderme atingindo a derme pode produzir metástases com mais facilidade.
Quando o tumor avança e aprofunda é necessário além da retirada cirúrgica a avaliação dos gânglios satélites e outros tratamentos como quimioterapia ou medicamentos biológicos. A chance de cura total diminui proporcionalmente com a profundidade da lesão.
Sendo assim, conhecer completamente cada uma das suas pintas e acompanhá-las com exames periódicos ajudará mantê-las sob controle.
Dra. Denise Steiner
Dermatologista
CRM: 36.505 - RQE 6185
- Médica Dermatologista
- Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
- Residência no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP (1980-1982)
- Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD
- Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
- Especialista em Hansenologia
- Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP
- Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD