Vitiligo: como interpretar
O vitiligo é caracterizado por manchas brancas de formatos variados que não são inflamadas ou dolorosas e podem comprometer qualquer parte do corpo, inclusive cabelos, sobrancelhas e cílios.
Não sabemos os motivos do aparecimento das manchas brancas, mas sabemos que é uma alteração autoimune.
Doença autoimune é aquela em que células do organismo atacam as nossas próprias células, provocando alguma modificação no seu funcionamento.
No caso do vitiligo certos anticorpos atacam nossas células, chamadas melanócitos, que são as células que produzem melanina, que é uma proteína com coloração acastanhada, que determina a nossa cor.
O vitiligo costuma aparecer na infância, adolescência e no adulto jovem, sendo que 50% dos casos ocorrem antes dos 25 anos de idade e pode ter influência genética.
Temos dois tipos básicos de vitiligo: segmentar e não segmentar.
As manchas do vitiligo segmentar aparecem somente de um lado do corpo, crescem aos poucos e ficam estáveis sem ter correlação com doenças autoimunes.
Manchas de vitiligo não segmentar são simétricas, evoluem em ciclos e têm relação com doenças autoimunes como por exemplo a tireoidite de Hashimoto.
É preciso tratar o vitiligo? Não sabemos!
Aparentemente ele somente causa mudança de cor, mas talvez não.
O aparecimento do vitiligo parece ter relação com aspectos genéticos hormonais e emocionais como perdas de entes queridos ou separações e mudanças de trabalho ou cidade.
Quanto mais houver aceitação das manchas mais teremos controle da expansão do vitiligo.
O tratamento do vitiligo começa com avaliação médica para saber se as manchas estão aumentando ou estão estáveis.
O tratamento do vitiligo em expansão é feito com cortisona e outras medicações imunomoduladores como minociclina.
No caso do vitiligo estável usamos a luz ultravioleta para promover a pigmentação.
Nesse caso pode ser o próprio sol, lâmpadas e cabines de ultravioleta B, assim como laser que emita luz UVB.
Também é importante evitar alimentos inflamatórios e ter um bom ambiente emocional.
Terapia, exercício físico, lazer equilibrado fazem bem.
Hoje estão em estudo adiantado um grupo de medicações chamadas inibidores da Jack, que promovem, através da imunobiomodulação, a melhora do paciente.
Converse com seu médico.