‘Pintas: é importante ficar atento às mudanças’ – Dra. Tatiana Steiner

Publicado por link9 em

Pintas, denominadas nevos melanocíticos ou nevos pigmentados são sinais, normalmente benignos, em nossa pele, que podem ser planos ou elevados, pretos ou acastanhados, arredondados, distribuídos pelo corpo todo.

Geralmente surgem como pequenas manchas assintomáticas, que podem permanecer planas ou, com o tempo, aumentar de espessura, tornando-se elevadas.

Podem estar presentes desde o nascimento (nevos congênitos) ou se desenvolver com o passar dos anos. Algumas pessoas apresentam apenas uma ou poucas lesões, enquanto outras podem ter dezenas espalhadas pelo corpo.

Quando é preciso tratar as pintas?

Na maioria dos casos não há necessidade de tratamento, mas alguns nevos pigmentados podem sofrer processo de malignização, dando origem ao melanoma maligno, principalmente os nevos displásicos.

Caso haja a suspeita de transformação, é indicada a retirada cirúrgica. Pintas escuras que são assimétricas apresentam bordas irregulares, várias colorações e estão aumentando de tamanho, podem se tornar atípicas e se transformarem em um câncer de pele. Por isso é importante a avaliação do dermatologista.

Como suspeitar de uma pinta?

Importante ficar atento à regra ABCD quando avaliar uma pinta:

A de assimetria – quanto mais assimétrica, mais perigosa a pinta

B de borda – quando a borda é irregular, mais perigosa

C de cor – cores variadas com nuances de preto

D de diâmetro – diâmetro maior que 0,6 mm

E de evolução – pintas que evoluem rapidamente

Lesões assimétricas com borda irregular, cores variadas e diâmetro maior que 0,6mm são as mais suspeitas!

Como perceber que a pinta pode ser algum tipo de câncer? Como aparecem na pele?

 

Os tipos de câncer de pele podem ser divididos em não melanoma e melanoma.

Dentre os tipos não melanoma, há o carcinoma basocelular (CBC) que é o mais frequente e menos agressivo e o carcinoma espinocelular (CEC), um pouco mais agressivo. Essas lesões não são escuras e geralmente se apresentam como lesões nodulares ou crostosas que nunca cicatrizam e eventualmente apresentam sangramento. Não há um padrão e sim diferentes formas clínicas de manifestação.

Apesar de apresentarem baixa letalidade, quando não são tratados, podem levar a deformações estéticas e alterações funcionais importantes.

O Melanoma é um tumor maligno que pode surgir  em qualquer local do corpo a partir de uma pinta escura. Essa lesão geralmente é assimétrica, com bordas irregulares, várias colorações e crescimento progressivo. Ele pode surgir de uma pinta nova ou de uma pinta pré existente.

Portanto, como regra geral, qualquer novo sinal na pele ou uma mudança em uma pinta ou mancha deve ser sinal de alerta para procurar um dermatologista.

Que tipos de exames devemos fazer para evitá-los?

A dermatoscopia é um exame cada vez mais importante na complementação diagnóstica de lesões suspeitas. O aparelho possui uma lente que amplia em até 70 vezes a imagem de pintas, manchas e nódulos, permitindo diferenciar as lesões mais suspeitas. Esse sistema possibilita realizar fotos e armazenar as imagens, comparando-as ao longo do tempo. Assim, é possível acompanhar e gerenciar as pintas suspeitas e também fazer uma prevenção.

Cuidados diários:

O filtro solar deve ser usado diariamente não só no rosto, mas em todas as áreas expostas do corpo, como as mãos, braços e colo.

Recomenda-se uso de protetor solar de amplo espectro (proteção da radiação UVA e UVB) com FPS (fator de proteção solar) maior que 30. Em mulheres, a associação com bases, pó compacto ou protetor com cor amplia a proteção a RUV (radiação ultravioleta).

 

Dra. Tatiana Steiner - CRM 109788 / RQE 24723

Dermatologista, Especialista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia)

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