Peeling de fenol para tratamento do envelhecimento cutâneo
Cada vez mais surgem tecnologias inovadoras para o tratamento do envelhecimento. No entanto, é interessante reforçar o potencial de certos procedimentos, que não são tão novos, porém são muito eficazes. Dentro desse grupo, está o peeling de fenol, que é utilizado para o tratamento do envelhecimento cutâneo.
Os peelings químicos são procedimentos que promovem renovação celular com estímulo de formação de colágeno novo, sendo assim, promove a melhoria de vários parâmetros, como textura, manchas, rugas e flacidez.
O fenol é uma substância química, que quando usado puro, 88%, é considerado um peeling médio para profundo. Ele provoca uma coagulação proteica intensa e que reflete em embranquecimento e frost da superfície cutânea. Quando misturado com óleo de cróton, água e sabão, tem maior aprofundamento, se tornando um peeling mais agressivo e com resultados melhores e mais duradouros. Isso ocorre porque o óleo de cróton, além de melhorar a permeação do fenol, também provoca ação anti-envelhecimento por sua característica química. A melhor indicação para a realização do peeling de fenol é a pele clara, muito enrugada, craquelada e fotoenvelhecida.
No entanto, a seleção para pacientes com peeling de fenol, também passa por pesquisa, para saber se há algum risco de comprometimento renal e cardíaco. Quando penetra na pele, o fenol, pode levar a arritmias ou problemas renais. Para escolher esse paciente, devem ser feitos exames para a checagem da função cardíaca e renal. A pele deve ser preparada com ácido retinoico e hidroquinona por 15 dias.
A formulação do peeling deve ser de acordo com a indicação, podendo haver uma concentração final de fenol, entre 30% a 45%, com mais ou menos quantidade de óleo de cróton. A face deve ser dividida em unidades anatômicas como fronte, região malar, queixo e nariz. A pele deve ser desengordurada, limpa e o peeling aplicado com pressão e com várias passadas no mesmo local. No início da aplicação ocorre dor e na sequência alguma anestesia e após algumas horas, ocorre mais dor. Para melhores resultados, o peeling pode ser ocluído com esparadrapo ou máscaras oclusivas. A descamação permanece por cerca de 10 dias e o avermelhamento por 30 a 60 dias. Esse peeling também pode ser feito no pescoço e mãos. A pele do rosto, por ter muitos anexos, cicatriza melhor que o pescoço e as mãos e, portanto, a concentração de fenol e cróton deve ser bem escolhidos conforme a indicação de tratamento. A combinação de fenol com o óleo de cróton, provoca estímulo ao colágeno, remodelando a pele com efeitos duradouros. Quanto mais vermelha a pele permanecer, maior o potencial de rejuvenescimento. A fotoproteção deve ser rigorosa, principalmente após os primeiros dias da realização do peeling.
Resultados excelentes e duradouros são características desse procedimento e valorizam o seu custo benefício, fazendo desse procedimento, um grande recurso terapêutico para o fotoenvelhecimento.
O peeling de fenol pode ser combinado a outros, ou também o óleo de cróton, pode ser substituído por óleo de castor, ou ácido oleico. Tanto os óleos de castor, como o ácido oleico, diminuem o potencial de agressividade do peeling de fenol.
O peeling de fenol com óleo de castor é indicado para melasma e o de ácido oleico pode ser utilizado para pescoço e mãos. Outro recurso é utilizar o peeling de fenol com óleo de cróton para tratar áreas dos olhos, tendo efeitos similares da blefaroplastia.
Estudos mais recentes, sinalizaram que novas combinações e ativos podem ampliar muito as indicações do peeling de fenol.