MICROAGULHAMENTO – Dra. Tatiana Steiner

Publicado por link9 em

O microagulhamento é uma técnica que utiliza um pequeno aparelho repleto de microagulhas para produzir microperfurações na pele. O instrumento é constituído por um rolo de polietileno encravado de agulhas de aço inoxidável e estéreis (em média 200), com espessuras e tamanhos variados, ligado a um cabo ergonômico. As agulhas variam de tamanho e espessura, que são utilizadas conforme a indicação e tratamento proposto.

O comprimento das agulhas mantém-se ao longo de toda a estrutura do rolo e varia de 0,25mm a 2,5mm. Estima-se que uma agulha de 3mm, por exemplo, penetre 1,5 a 2mm na pele. Quanto mais agulhas existirem por fileira no aparelho, menor é a penetração.

A técnica, também chamada de indução percutânea de colágeno por agulhas (IPCA) ou roller, promove vários benefícios à pele, mas deve ser aplicada por médico especialista!

É importante que o equipamento possua registro na ANVISA.  Essa certificação garante a qualidade do produto (em relação ao aço utilizado, número de agulhas, comprimento e diâmetro das agulhas etc) e a questão da esterilização para evitar contaminações.

Benefícios

As agulhas penetram na pele inúmeras vezes e isso irá gerar microlesões em toda a área tratada. A partir da agressão tecidual, vai haver liberação de mediadores químicos que estimulam fibroblastos a produzir colágeno e elastina para restaurar a pele danificada.

A regeneração melhora a textura da pele, atenua cicatrizes, linhas de expressão e trata alguns tipos de alopecia (queda capilar).

Ocorre remodelação tecidual, resultando numa pele mais firme e espessa, além de novo colágeno.

O paciente percebe melhora em rugas, viço, cicatrizes, problemas de pigmentação, além do aspecto rejuvenescido. Conforme são realizadas novas sessões, o efeito será potencializado.

O microagulhamento pode ser feito em homens e mulheres em várias regiões do corpo: rosto, colo, pescoço, mãos, braços, seios, coxas, conforme orientação médica. Quando associamos o ‘drug delivery’, liberando produtos com ativos específicos, o procedimento é potencializado.

É muito importante que o profissional tenha conhecimento teórico, anatômico e prático sobre a técnica, a área de aplicação, a pressão a ser aplicada e o número e direção das manobras.

O Procedimento:

É preciso aplicar um anestésico tópico na área a ser tratada por 60 minutos antes do procedimento.

A escolha do comprimento da agulha depende da indicação, local e tipo de dano que se pretender provocar na pele, que pode ser leve, moderado ou profundo.

São realizados movimentos de vai e vem com o aparelho em toda a área. O paciente poderá sentir apenas suaves picadas no local e ter micro sangramentos, que vai possibilitar a liberação de fatores de crescimento no local. O sangramento cessa após alguns minutos e não há dor no pós-procedimento.

No tratamento de alopecia utilizam-se agulhas delicadas devido à área sensível. Uma pequena agressão já é suficiente para que o medicamento seja aplicado.

O microagulhamento deve ser realizado em sala de procedimento cirúrgico no próprio consultório. O tempo varia de acordo com a indicação e extensão da lesão.

Resultados

A regeneração ocasionada pelo microagulhamento promove rejuvenescimento, devido ao estímulo do colágeno, além da melhora de textura da pele, diminuição de rugas e linhas de expressão, manchas e estrias. Há também melhora do tônus e firmeza da pele.

Recomenda-se o mínimo de 3 sessões para melhores resultados, com intervalos de 4 a 8 semanas, de acordo com a indicação. Conforme são realizadas as novas sessões, o efeito do tratamento é potencializado.

Combinação de tratamento

O microagulhamento pode ser combinado com lasers e outras tecnologias, ou mesmo com a toxina botulínica e preenchedores.

A forma de ação do microagulhamento é mecânica, enquanto o laser tem ação térmica. As terapias combinadas irão aperfeiçoar e ajudar a manter resultados.

IMPORTANTE:

O mais importante é que seja realizado por médico especializado, com formação em dermatologia ou cirurgia plástica.

Além disso, é preciso conhecimento da técnica. Este tratamento exige do médico uma avaliação criteriosa e proposta terapêutica compatível com os resultados possíveis de serem alcançados, evitando falsas expectativas.

 

Dra. Tatiana Steiner - CRM 109788 / RQE 24723

Dermatologista, Especialista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia)

Membro do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia (CILAD)

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