HPV: tipos e tratamentos
HPV pode levar ao câncer de colo do útero
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A infeção pelo HPV é bastante comum e pode causar diversas alterações, até o câncer de colo do útero.
Existem vários tipos de HPV e eles são divididos em dois grandes grupos: alto e baixo risco.
O HPV de baixo risco causa principalmente verrugas e não tem relação com desenvolvimento de câncer.
Apesar de não ser graves, as verrugas genitais são chatas, desagradáveis, podem crescer muito rápido e são contagiosas.
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HPV de baixo risco
Um dos tratamentos mais utilizados é o ATA, ácido tricloroacético em alta concentração.
Trata-se de um ácido que é aplicado sobre a verruga e faz uma queimadura química na área.
É um bom método para pacientes que têm poucas verrugas e pequenas. É muito doloroso e pode deixar cicatriz, por isso não é indicado para quem tem muitas verrugas ou verrugas muito grandes.
O Imiquimode é um método imunológico que tem ótimos resultados, nós temos um bom uso dele.
É um creme que a paciente mesmo aplica sobre as verrugas três vezes por semana e ele faz com que o próprio sistema imunológico da paciente reconheça as células alteradas e vá destruindo-as de dentro para fora.
Com o tempo as verrugas vão ficando cada vez mais planas, até sumirem.
O inconveniente desse método é que o tratamento é pouquinho mais longo, pode durar até 2 meses, e tem alguns efeitos colaterais, como vermelhidão e inchaço.
Por fim o laser, é um ótimo método no tratamento das verrugas.
Com ele a gente consegue destruir todas as verrugas sem afetar o tecido sadio em volta.
Além disso a gente consegue chegar até a camada basal da lesão, com isso toda a lesão destruída e a cicatrização é mais rápida e completa.
É possível também realizar a remoção de todas as verrugas em uma única aplicação.
A recuperação do tratamento é um pouquinho mais chatinha, porque fica uma feridinha na área, mas, normalmente, é muito rápida.
HPV de alto risco
Esse é o grupo de HPV que tem relação com o câncer de colo uterino.
A maioria das pacientes quem entra em contato com esse tipo de HPV consegue eliminar o vírus, mas aquelas que não conseguem, que têm persistência do vírus, são as que têm o maior risco de desenvolvimento de lesões de alto grau.
Dentre os HPVs de alto risco merecem atenção os tipos 16 e 18, porque eles têm maior chance de persistência e evolução para quadros graves.
Pacientes portadores desses tipos virais precisam ficar sob vigilância e fazer colposcopia e papanicolau a cada 6 meses.
Agora, uma vez identificada uma lesão de alto grau, ou seja, uma lesão pré-maligna, que pode virar câncer, a gente tem que tratar.
Se a lesão for no colo uterino o tratamento de escolha é a cirurgia de alta frequência, que consiste na retirada do que chamamos de zona de transformação, que na verdade é a tampinha do colo, a parte superior do colo.
A gente faz essa retirada com uma alça, medida de acordo com o tamanho da lesão, e essa alça é conectada a um bisturi de alta frequência.
A gente consegue retirar toda a lesão e ao mesmo tempo preserva a anatomia do colo, o que é especialmente importante para pacientes jovens que nunca tiveram filhos e essa doença é comum nesse grupo de mulheres.
Já quando a lesão de alto grau for na vagina, a técnica padrão-ouro é a do laser vaginal.
Com esse método é possível destruir toda a lesão, de forma segura e com preservação da anatomia e a função da vagina, sem formação de fibrose.
Claro que existem muitos pormenores, muitos detalhes que não foram abordados aqui e cada caso deve ser individualizado e analisado à luz dos protocolos disponíveis.
É importante frisar que o tratamento do HPV deve ser sempre realizado por um ginecologista com experiência na área.