PSORÍASE
O dia 29 de outubro é considerado o Dia Mundial da Psoríase, doença que compromete cerca de 2% da população do planeta.
A psoríase é uma doença inflamatória, crônica que compromete qualquer parte da pele, além de couro cabeludo e unhas, causando graves problemas emocionais e baixa autoestima. Essa doença inflamatória atinge os indivíduos em qualquer idade e não tem predileção por sexo.
A origem e causa da psoríase ainda não é totalmente conhecida, mas sabe-se que há tendência genética, envolvimento com as células imunológicas, chamadas linfócitos e também ocorre a alteração de várias citoquinas inflamatórias, como interleucina 17 e 23.
As lesões, causadas por essa doença, são caracterizadas por placas eritemato-descamativas, que comprometem joelho, cotovelo, tronco e membros, além do couro cabeludo. Neste local, muitas vezes é confundida com a dermatite seborreica intensa (caspa). As unhas, podem apresentar alterações variadas como: piting, que é uma depressão puntiforme, além de amarelamento e descolamento distal. As alterações ungueais da psoríase, são consideradas como diagnóstico diferencial da onicomicose, sendo (muitas vezes) necessário o exame micológico para diferenciá-las.
As lesões de pele, podem ser de tamanhos variados, mas sempre são vermelhas, inflamadas e descamativas, não doem, não coçam, mas podem arder e queimar, além de causar muito constrangimento e baixa autoestima.
Há quadros de psoríase mais graves como a psoríase pustulosa, onde, em cima das placas, ocorrem pústulas espalhadas pelo corpo todo, a psoríase eritrodérmica, com comprometimento generalizado da pele e couro cabeludo e a psoríase artropática, onde há comprometimento das articulações (artrite psoriática). As mãos e pés, também podem ser altamente comprometidos com avermelhamento, descamação, pústulas, além de dificuldades para andar, pisar e usar calçados.
Como foi dito a psoríase não está totalmente esclarecida, porém estão definidos vários fatores desencadeantes como: estresse, viroses, medicamentos como lítio, infecções bacterianas, traumas físicos e também consumo de álcool. Devido as características inflamatórias da psoríase, os pacientes com quadros extensos e/ou graves, têm maior fator de risco para doenças cardiovasculares, obesidade abdominal dispilidêmica, hipertensão arterial e intolerância à glicose. A associação de tais fatores caracteriza a síndrome metabólica, que está associada a maior morbidade e mortalidade dos pacientes com psoríase.
É evidente que o tratamento da psoríase tem que abordar o indivíduo de forma holística, global e total, pois todo o organismo é afetado pela inflamação. Alimentação equilibrada, controle do estresse, controle de doenças infecciosas, hidratação, evitar traumas... tudo é fundamental para o sucesso terapêutico da psoríase. Tratar especificamente com medicações é essencial para o controle total.
No próximo texto do Blog iremos abordar os tratamentos para psoríase. Não percam!