A resposta é porque o melasma pode sinalizar doenças internas.

O melasma é conhecido como uma mancha acastanhada que compromete mais frequentemente mulheres jovens com pele de fototipo alto.

Essa mancha perturba a autoestima a ponto de muitas pessoas evoluírem com crises de ansiedade e depressão.

Até há pouco tempo essa mancha era considerada excesso de melanina.

Hoje se sabe que o melasma é uma pele disfuncional com alteração na membrana basal, nos vasos, nas fibras de colágeno e elastina e também com maior quantidade de mastócitos e inflamação significativa.

Sabemos também que o paciente com melasma tem mais oxidação no local manchado e a microbiota desse paciente é desequilibrada, facilitando a disbiose.

No melasma também há uma inflamação com maior oxidação, reagindo fortemente ao hormônio feminino e também ao estresse.

O melasma passou a ser considerado um marcador de doenças do intestino e também do organismo como um todo.

A mancha que aparece nessa mulher é só uma consequência.

Quando tratamos da mancha somente com clareadores, estamos fazendo metade do tratamento.

Por esse motivo, antes do tratamento do melasma, devemos avaliar a saúde deste indivíduo.

Exames como hemograma, hemoglobina glicada, função tiroidiana, vitamina D, função hepática e renal, estradiol, progesterona, são necessários para essa fotografia geral da paciente.

Além disso é importante a história dessa pessoa para avaliar suas reações em relação aos estresses do dia a dia e também a problemas específicos.

O tratamento do melasma precisa ser com remédios e tecnologias, para que os alvos possam ser atingidos.

O ácido tranexâmico é uma medicação que age em vários pontos de gatilho para o melasma.

Essa substância é uma medicação que deve ser prescrita por médicos pois podem ocorrer efeitos colaterais.

Quando não houver restrição ao uso do ácido tranexâmico, ele pode ser usado para todas as mulheres com melasma.

O laser Q-switched Nd Yag é uma opção importante pois tem energia baixa e pulso rápido (nano segundos), emitindo calor moderado e destruindo o pigmento de forma controlada.

Esse laser consegue melhorar a membrana basal evitando que o melanócito despenque para a derme e também melhora a irrigação local.

Antioxidantes como melatonina também podem ser utilizados até porque há trabalhos que definem que a melatonina está diminuindo no melasma.

Os bioestimuladores como hidroxiapatita de cálcio e ácido polilático podem ser usados na área da mancha, assim como fios de PDO lisos que promovem clareamento.

O tratamento do melasma é uma arte que precisa ser adaptada a cada paciente.

Esse paciente precisa ser tratado por inteiro, pois a intrincada e poderosa rede metabólica hormonal precisa estar funcionando precisamente.

Cuide-se.