Poluição e Pele
A pele é o único órgão do corpo humano que possui dois tipos de envelhecimento: o cronológico ou intrínseco e o extrínseco, decorrente de fatores ambientais.
O primeiro (intrínseco) é regido pelo relógio biológico de cada pessoa e é causado por uma série de alterações genéticas e metabólicas, que leva ao desgaste das estruturas e perda progressiva do colágeno.
O envelhecimento extrínseco é causado por agentes externos, como: poluição, estresse, exposição solar, alimentação. Um dos principais fatores envolvidos no envelhecimento extrínseco é a exposição solar, decorrente do efeito da radiação ultravioleta do sol sobre a pele ao longo da vida.
Estudos têm apontado que as grandes cidades estão cada vez mais sob uma nuvem de poluição. A poluição nos grandes centros metropolitanos, ao redor do mundo, tem alcançado níveis máximos de tolerância, segundo a Organização Mundial de Saúde. A exposição contínua à poluição tem forte impacto no desgaste e envelhecimento cutâneos. Esse tema tem sido alvo de inúmeros congressos na área de dermatologia.
Poluição e Envelhecimento:
Imperceptíveis aos nossos olhos, as finas partículas de substâncias contaminantes do ar vão se depositando e acumulando em nossa pele, prejudicando a dinâmica do funcionamento celular e consequentemente, acelerando o processo de envelhecimento.
É importante entender que essas partículas invisíveis de substâncias contaminantes presentes no ar poluído, se acumulam aos milhões na superfície da epiderme, prejudicando as células cutâneas, que aumentam a produção de toxinas e radicais livres. Associando a produção de radicais livres pelo nosso organismo e a contínua exposição à poluição, as células se desgastam e os mecanismos de defesa naturais da pele ficam esgotados e prejudicados. O resultado desse impacto é uma pele mais envelhecida, opaca, sem vitalidade. Outros problemas também podem se agravar, como a oleosidade da pele e a acne, que pioram devido ao entupimento dos óstios pelas toxinas.
Afinal, como se proteger da ação das toxinas na pele? É possível que essas toxinas sejam eliminadas e controladas com hábitos diários e produtos específicos. É fundamental estabelecer um ritual de cuidados diários de limpeza, tonificação, hidratação e proteção da pele.
Poluição Também Envelhece a Pele:
Nos últimos anos os prejuízos causados pela poluição têm sido muito estudados, principalmente em relação as doenças respiratórias, que muito desencadeiam ou pioram com ambientes mais poluídos.
Agora, estudos mais recentes, têm demonstrado que a poluição também prejudica a pele, causando manchas, inflamação e envelhecimento precoce. Os mecanismos que comprovam a agressão que os poluentes agridem a pele ainda não estão totalmente esclarecidos. Os poluentes parecem provocar a inflamação e consequentemente levam a formação de radicais livres, perpetuando assim o papel da inflamação.
O ozônio, por exemplo, parece ter alguns alvos específicos, que são agredidos provocando a formulação de radicais livres. Esse processo de oxidação provoca a depleção de vitamina C e vitamina E, além de provocar o acúmulo de uma substância tóxica, como o malondialdeído, que sabidamente é um subproduto da oxidação.
Alguns trabalhos têm mostrado que o ozônio causa oxidação lipídica e proteica, causando dano a barreira cutânea e deixando a pele sensível e fragilizada. Os poluentes também provocam estresse celular, que induz a produção de marcadores inflamatórios, como COX2 -, proteínas do choque e também as metaloproteínases que facilitam a destruição do colágeno.
Estratégias para ação anti-poluição:
A estratégia geral preconiza evitar a deposição e posterior penetração das partículas potentes. Isso inclui foto protetores, que protegem e fortificam a barreira cutânea. Os hidratantes emolientes também são importantes, pois evitam a perda de água transepidérmica e, portanto, também protegem e reforçam a barreira cutânea.
A utilização de produtos com antioxidantes também é útil, pois evitam as agressões causadas pelo ozônio, isto porque os poluentes agem também produzindo grande oxidação. Também estão em desenvolvimento ativos cosméticos, que através de vias especificas, podem neutralizar a ação oxidativa dos poluentes, principalmente evitar a ação negativa dos mesmos na expressão genética da pele. Um exemplo é a ectoína, que é um ativo cosmecêutico que parece prevenir a ação deletéria da partícula poluente na expressão genética do queratinócito, incluindo a expressão das metaloproteínases. Os caminhos estão sendo desbravados para a proteção especifica contra a poluição e assim, como já temos alguns produtos comerciais com esta função, muitos outros irão aparecer.
Dicas para proteção:
Limpeza adequada da pele
Usar produtos que tenham proteção contra radiação UV e também contra a oxidação
Usar hidratantes para proteção da barreira cutânea
Evitar excesso de lavagem e agressões que gerem oxidação
Sou acadêmica de Embelezamento e imagem pessoal, na disciplina de facial estamos vendo esse conteúdo, extremamente bem enfatizado aqui no blog.
Seria possível postar:
Tipos de Ca de pele-
causas-
fatores de risco-
medidas de prevenção.
Grata!!!
Olá, Adriana,
Em breve abordarei esses assuntos.
Obrigada,
Denise Steiner