PELE TAMBÉM DESIDRATA

Publicado por denisesteiner em

A desidratação ocorre quando o organismo não tem água suficiente para realizar suas funções normais. Causado pela falta aguda de água e eletrólitos no organismo, o problema pode ser de primeiro, segundo e terceiro graus, e os sintomas incluem fraqueza, tontura, dor de cabeça e fadiga, podendo inclusive levar á morte. Por causa disso, nas estações mais quentes do ano os especialistas orientam a população a ingerir mais líquido, seja em forma de sucos, água ou chás. Porém, o que muitos não sabem é que a pele também pode passar por um processo de desidratação, principalmente no verão. A pele ressequida, repuxada e com aspecto cansado é típica da carência de hidratação adequada. Além do aspecto cansado é típica a carência de hidratação adequada. Além do aspecto, a pele desidratada pode evoluir para um eczema ou provocar prurido e, em casos mais extremos, quando a desidratação da está ligada à desidratação do organismo, podem ocorrer febre, torpor e convulsões.

Todos os dias, a pele é agredida por vários fatores. Um deles é o clima. Muito sol, banhos de mar, piscina e vento, comuns nos dias mais quentes, contribuem para a desidratação do órgão mais extenso do corpo humano. Isso ocorre porque o manto hidrolipídico, formado por suor e gordura localizado na epiderme, se rompe e favorece a evaporação da água através da pele, diminuindo seu grau de hidratação. A falta de umidade relativa no ar também leva ao ressecamento, pois há maior evaporação de água do corpo.

IDADE – O envelhecimento também provoca desidratação da pele. Quanto mais velho o indivíduo, menor a quantidade de água no corpo. Por isso, é comum que pessoas idosas apresentem pele mais seca e com dificuldade de hidratação. Assim como todo o resto do organismo, com a velhice a pele começa a perder algumas funções. Células como as queratinócitos e as melanócitos, encontradas na epiderme e responsáveis pela hidratação, não são mais produzidas com tanta intensidade. Isso faz com que a pele de pessoa idosa fique bem mais seca. Nesses casos, o importante é não desidratar ainda mais a pele com banhos quentes e sabonetes. O sabonete só deve ser usado nas partes que “azedam”, como axilas, virilhas e pés. A gordura cutânea é extremamente importante para a hidratação natural da pele.

Fatores de ordem genética como a deficiência de aporte hídrico e situações com caráter agudo ou crônico como causadores da desidratação da pele. Não é por causa do verão que a pele fica mais seca; em algumas pessoas o problema é genético.

Conseqüências podem ser agravadas

Algumas doenças como dermatite atópica, psoríase e ictiose provocam alterações na pele e modificam sua hidratação natural. No verão, essas enfermidades não costumam afetar tanto a pele, já que o sol e o enxofre da água do mar funcionam como antiinflamatórios. Em contrapartida, outros problemas surgem nesta época do ano, como eczemas, coceiras, micoses e infecções bacterianas. Por causa do calor, é comum transpirarmos mais e ficarmos mais vulneráveis a fungos e bactérias, principalmente em áreas que ficam úmidas ou assadas. Uma das micoses mais comuns no verão é a ptiriase versicolos, que normalmente aparece nas costas e o aspecto da pele é como o couro de uma cobra: rachada e com escamas. Dependendo do grau de desidratação, pode até esfarelar, principalmente no rosto, braços e pernas. Também é comum aparecerem regiões avermelhadas, que podem inchar formar bolhas e eliminar secreção. Além de problemas com a aparência, pode haver desconforto físico, devido à coceira.

A pele fica avermelhada porque a evaporação da água causa um desequilíbrio no manto hidrolipídico; com menos água há menor proteção. Quando isso acontece, fica mais fácil a ocorrência de irritação por substâncias químicas ou mesmo pela poeira que está no ar e a pela reage com inflamação em forma de eczema e dermatites. Esse problema pode acometer indivíduos de qualquer idade, mas é bastante nas pessoas mais velhas, que possuem a pele mais desidrata. Outra conseqüência da desidratação, devido à alteração no manto hidrolipídico, é que a pele resseca se contamina mais facilmente e com isso a possibilidade desenvolver uma doença é maior.

SOL – Ao mesmo tempo em que traz benefícios à saúde, o sol pode causar doenças na pele, principalmente o câncer. Dermatologistas são unânimes ao afirmar que a principal medida a ser tomada contra a ação dos raios ultravioleta é o uso de filtro solar. Mas, isso não é suficiente; na praia o importante é não ficar exposto diretamente ao sol. A sombra é grande aliada nessa hora. Além disso, o uso de camisetas ajuda a proteger a pele. Depois de um dia de sol, o importante é hidratar o corpo como um todo, ingerindo muito líquido, porque a hidratação da pele ocorre de dentro para fora. O uso de hidratantes serve para bloquear a saída de água e não tem a função de hidratar como muitos pensam.

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