Teste do Papanicolaou

A osteoporose é uma doença óssea caracterizada pela diminuição na quantidade de mineral existente no osso e também por uma alteração na sua qualidade estrutural. Essas alterações determinam um aumento no risco de fratura, que é a consequência mais temível para quem sofre desta doença.

Estudos demonstram que a osteoporose e as fraturas osteoporóticas são as principais causas de morbidade entre as mulheres menopausadas.

O diagnóstico da osteoporose é feito através da medida da densidade mineral óssea utilizando principalmente o exame de Densitometria Óssea (DO).

Vale ressaltar, entretanto, que mulheres sem o diagnóstico densitométrico de osteoporose podem sofrer fraturas. Isso porque, apesar de apresentarem uma perda mineral óssea menor (osteopenia), possuem uma qualidade estrutural óssea ruim.

A avaliação da qualidade mineral óssea é feita através dos chamados fatores de risco para fratura osteoporótica. Esses fatores traduzem a qualidade do osso e devem sempre ser monitorados nas mulheres menopausadas.

Os principais fatores de risco para osteoporose e fraturas osteoporóticas são os seguintes:

· Fatores de Risco Não Modificáveis

· História Familiar de Osteoporose ou de fratura causada pela Osteoporose.

· Fratura Prévia por fragilidade.

· Sexo Feminino.

· Etnia Caucasiana ou Asiática.

· Idade > 65 anos.

· Baixo peso durante infância até adulto jovem.

· Uso crônico de corticóides.

· Fatores de Risco Modificáveis

· Tabagismo

· Baixo Peso (menor que 57 kg) e Baixo Índice de Massa Corporal (IMC < 19)

· Baixa ingestão de cálcio

· Alcoolismo

· Doenças Crônicas (Artrite Reumatóide, Parkinsonismo, Hipertireoidismo)

· Uso de medicamentos (Corticóides, L-Tiroxina, Inibidores de aromatose).

· Deficiência Visual

· Quedas frequentes

· Sedentarismo

A indicação do tratamento medicamentoso dessa doença é feita através da avaliação conjunta das informações contidas na DO e da presença ou não dos fatores de risco expostos. O tratamento pode ser dividido em comportamental e farmacológico. Tratamento Comportamental

1. Atividade Física:

· Melhora e manutenção da força muscular com impacto positivo no equilíbrio diminuindo o risco de quedas.

· Manutenção da densidade mineral óssea em coluna lombar e fêmur.

· Potencialização dos benefícios do tratamento medicamentoso.

· Exercícios como caminhada, corrida e musculação diminuem a taxa de perda óssea e parecem favorecer a formação óssea por osteoblastos em mulheres menopausadas.

· Exercícios de fortalecimento da musculatura extensora do dorso diminuem o risco de fratura de corpo vertebral.

2. Dieta

A ingesta adequada de cálcio significa uma redução da perda óssea em mulheres na peri e pós-menopausa e diminui o número de fraturas em mulheres acima de 60 anos. Manter o nível de cálcio sérico adequado é a chave para qualquer tratamento de proteção óssea.

Recomendações: Ingesta diária recomendada de cálcio deve ser entre 800 e 1500mg por dia, dependendo da idade e condição clínica. A ingesta de fibratos, fitatos e oxalatos diminui a absorção intestinal de cálcio. A ingesta de dieta gordurosa diminui a absorção intestinal de cálcio. Recomenda-se que mulheres com mais de 50 anos de idade consumam cerca de 1.200 mg de cálcio ao dia, preferencialmente através da dieta. Quando impossibilitadas de fazê-lo através de fontes nutricionais, fundamentalmente através do leite ou de derivados lácteos, é recomendável que recebam suplementos de cálcio.

3. Hábitos de Vida

· Exposição solar por 5 a 10 minutos diariamente para melhorar produção de vitamina D.

· Evitar o tabagismo: a nicotina possui efeito negativo no osso. Mulheres na pós-menopausa e tabagistas possuem risco aumentado para fratura de fêmur.

· Evitar o consumo excessivo de álcool: o uso de 2 ou mais doses de álcool aumenta o risco de fratura.

Tratamento Farmacológico

1. Suplementação Cálcio: as necessidades do cálcio sofrem variações individuais e com a idade das pacientes. Após a menopausa, observa-se um balanço negativo de cálcio que leva a progressiva perda de massa óssea nesta etapa da vida. De igual modo, os constituintes da dieta e os fármacos indicados para o tratamento da osteoporose influenciam os requerimentos de cálcio Vitamina D: essencial para aumentar a eficácia de absorção de cálcio no intestino.

2. Medicamentos

· Terapia de Reposição Hormonal (TRH): possui ação anti-reabsortiva, mas tem indicação para prevenção de osteoporose.

· Raloxifeno: administrado por via oral na dose diária de 60 mg/dia.

· Bisfosfonatos: existem diversos tipos dessa classe de medicamento, que costuma ser a primeira linha de tratamento para osteoporose.

· Alendronato: pode ser administrado por via oral nas doses de 10 mg por dia ou 70 mg por semana.

· Risedronato: administrado via oral nas doses de 5 mg por dia, 35 mg por semana ou 150 mg mensais.

· Ibandronato: administrado por via oral na dose de 150 mg por mês ou injetável na dose de 3 mg a cada 3 meses.

· Ácido Zoledrônico: administrado de forma intravenosa na dose de 5 mg por ano por 2 anos.

· Calcitonina: as doses recomendadas são de 100 a 200 UI/dia na forma de spray nasal e de 50 UI a 100 UI/dia por via intramuscular.

· Ranelato de estrôncio: O ranelato de estrôncio é recomendado na dose de 2,0g por dia por via oral.

1- O que é “exame de Papanicolaou”?

A colpocitologia oncótica, popularmente conhecida como “teste de Papanicolaou” ou “exame preventivo”, é um exame utilizado no rastreamento do câncer de colo uterino que identifica alterações nas células causadas pelo vírus HPV.

A realização do teste de forma rotineira é uma forma de prevenção do câncer de colo do útero.

 

2- Como ele é feito?

A técnica do exame consiste na coleta (com uma espátula e uma escovinha) de uma pequena amostra de células da superfície do colo do útero e das paredes vaginais através do exame especular (quando o espéculo ou “bico de pato” é gentilmente inserido na vagina), geralmente realizado com a mulher em posição ginecológica. O exame não dói, mas algumas mulheres relatam desconforto leve.

O material colhido pode ser disposto em uma lâmina ou em um frasco contendo uma solução específica. A amostra é então enviada ao laboratório onde será preparada e examinada microscopicamente por uma patologista.

 

3- O exame de Papanicolaou serve pra diagnosticar corrimento?

Não é esse o objetivo do exame. A colpocitologia oncótica tem o objetivo de rastrear lesões precursoras do câncer de colo uterino e, portanto, não tem papel na investigação de corrimento ou outros quadros infecciosos agudos do trato genital inferior.

 

4- Quem deve fazer o exame?

Mulheres que já iniciaram vida sexual devem fazer o exame a partir dos 25 anos, de acordo com as novas diretrizes do Ministério da Saúde (2016).

 

5- Quem nunca teve relação sexual tem indicação de fazer o “teste de Papanicolaou”?

Não, uma vez que mulheres que nunca tiveram relação sexual não foram expostas ao HPV, o qual é considerado fator de risco necessário para o desenvolvimento do câncer de colo uterino.

 

6- O exame deve ser colhido anualmente?

A frequência da coleta do exame é um assunto controverso.

É importante que as consultas ginecológicas sejam anuais. Seu médico indicará a frequência da coleta do exame de acordo com sua faixa etária e seus antecedentes pessoais.

De acordo com a atual recomendação do Ministério da Saúde, lançada em 2016:

· Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos.

· O início do rastreamento deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual. A coleta do exame antes dos 25 anos deve ser evitada.

· Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-maligna, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.

· Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame preventivo, devem-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais. (Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Cancer de Colo de Utero – INCA 2016).

 

7- Meu papanicolaou veio alterado. O que devo fazer???

Existem diversos tipos de alterações da colpocitologia oncótica. Algumas mais graves, outras menos graves. É importante que seu ginecologista esteja ciente das alterações para que possa conduzir o caso de maneira adequada.

 

8- Estou grávida. Posso fazer o “teste preventivo”?

Sim. O pré-natal é uma ótima oportunidade para a coleta da colpocitologia oncótica, se indicada. É importante que o médico ou enfermeiro sejam delicados na coleta, já que o risco de sangramento é maior. O ideal é fazer o exame com profissional experiente.

 

9 – O “teste de Papanicolaou” é a mesma coisa que “teste para HPV”?

Não. A colpocitologia oncótica é um exame que identifica alterações celulares precursoras do câncer de colo uterino causadas pelo vírus HPV. Não é um teste específico para o vírus. Existem exames de biologia molecular específicos para a identificação do vírus HPV, como a captura hídrida ou a hibridização in situ. Em outra oportunidade, conversaremos sobre esses testes.

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