Um pouco mais sobre o tratamento do Vitiligo

O vitiligo é uma doença de pele causadora de manchas brancas acrômicas, tipo leite, em qualquer parte do corpo, podendo comprometer, inclusive, os pelos. Essa doença ocorre muito em jovens e crianças acometendo, praticamente, 2% da população mundial.

Embora, na maioria dos casos, o vitiligo, não apresente nenhum aspecto de perigo à pessoa acometida, nem seja contagioso, é um tipo de doença de pele que causa um grande impacto na autoestima das pessoas devido à sua característica inestética. Os pacientes com vitiligo têm a parte psicológica bastante crítica, porque não há quem suporte as mudanças de cor em sua pele.

Recentemente, descobriu-se que há alterações imunológicas no vitiligo e que esse fato tem interferência direta com o aparecimento das manchas. Contudo, ainda não se sabe exatamente as causas dessa doença. Há algumas teorias para explica-las e a mais importante é a que o vitiligo é uma doença autoimune, ou seja, um mal onde o organismo produz auto-anticorpos contra estruturas dele próprio. Isso ocorre em relação à célula que produz o pigmento denominado melanócito.

Já foram detectados auto-anticorpos contra o melanócito em indivíduos com vitiligo, especialmente naqueles em que a doença está em atividade. O tratamento dessa doença sempre foi um desafio para os dermatologistas, e até há pouco tempo, as únicas terapias viáveis para tratar as manchas do vitiligo contavam sempre com a utilização da luz ultravioleta.

O tratamento é feito com medicação sistêmica e/ou via oral utilizando-se sempre uma radiação ultravioleta para estimular a pigmentação.

Além disso, o médico pode adotar medidas como a prescrição de vitaminas que sejam anti-oxidantes (vitamina C, por exemplo), que combinados a outros fatores como ácido fólico e vitamina B12, podem ajudar significativamente na fabricação de melanina.

Vale destacar que qualquer tipo de tratamento aqui citado deve ser prescrito e acompanhado pelo médico. Existem ainda os tratamentos à base de aminoácidos e fenilalanina que também são combinados com a aplicação de luz e aqueles que estão em fase de desenvolvimento, com cremes anti-oxidantes que podem pigmentar a pele.

Há ainda os procedimentos cirúrgicos, cada vez mais em evidência, e que podem ser feitos de diferentes maneiras, mas basicamente consistem em trazer uma célula boa para o local em que não existe mais pigmento.

Discorrermos sobre duas abordagens especificas citadas em congressos recentes.

A primeira é o uso do Polypodium leucotomos associado à luz ultravioleta para o tratamento do vitiligo.

O Polypodium leucotomos é um fitoterápico que tem propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras e age diretamente nas células envolvidas no aparecimento do vitiligo.

O tratamento mostrou que os pacientes tratados com 04 comprimidos do medicamento, mais sessões 2x por semana de ultravioleta UVB repigmentaram, mais no rosto e no pescoço, do que os que fizeram a luz com ingestão de comprimidos de placebo.

A segunda novidade foi outro trabalho, comparando o tratamento com luz ultravioleta B (sozinha), com luz ultravioleta UVB + afamelanotide.

O afamelanotide é uma droga sintética análoga do MSH, um hormônio estimulante da melanocortina, que estimula a produção dos melanócitos e, consequentemente estimula a pigmentação, protegendo a pele dos danos provocados pela luz solar. A droga é implantada na pele e oferece benefícios principalmente nas doenças agravadas e estimuladas pela foto exposição.

O resultado na pigmentação foi melhor com a associação comparando com a luz isoladamente. O resultado desse estudo é muito promissor, pois associa uma nova substância que é esse hormônio, promovendo resposta mais rápida, duradoura e sem efeitos colaterais significativos.

 

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