Por que muitas vezes sofremos de hiperidrose?

O que é?

A hiperidrose, excesso de suor, assim como a bromidrose (suor com odor forte) geram muito constrangimento e a maioria das pessoas evita falar sobre o assunto. É comum não saber nem mesmo a quem recorrer, ou se existe tratamento para essa queixa.

Suar é normal. A transpiração é necessária para regular a nossa temperatura. Quando o clima está muito quente, a produção de suor aumenta, e quando esfria, essa produção diminui. Esse mecanismo é uma forma de manter o equilíbrio do nosso corpo. O suor não tem odor, porém favorece o crescimento de bactérias e fungos na superfície da pele, que causam o cheiro desagradável.

Temos dois tipos de glândulas de suor: as écrinas e as apócrinas. As glândulas écrinas estão presentes desde o nascimento e estão distribuídas por toda a superfície cutânea, enquanto as apócrinas começam a funcionar a partir de puberdade e estão mais localizadas nas axilas, na região da virilha, e no couro cabeludo.

A hiperidrose axilar é mais comum em adultos jovens, geralmente homens. Não existe comprovação científica, mas até 60% das pessoas que sofrem com o excesso de suor têm outros membros na família com o mesmo problema. Ela costuma durar por toda a vida adulta e regredir espontaneamente na velhice. Em outras épocas da vida, como na menopausa, é comum o excesso de calor acompanhado de ondas de suor.

A hiperidrose piora com: nervosismo, ansiedade e estresse. É comum ouvir pacientes falarem que mesmo no inverno, transpiram muito. Muitas vezes a pessoa fica nervosa e com medo de suar em condições de tensão; então, só de pensar no assunto, fica estressada e acaba suando mais, o que provoca insegurança e constrangimento social.

Algumas doenças, como diabetes, gota, tuberculose, linfomas, obesidade e distúrbios da tireoide também provocam o aumento de suor.

 

Suor nas mãos e nos pés

A hiperidrose palmar (das mãos) e a hiperidrose plantar (da planta dos pés) também causam constrangimento. As mãos ficam úmidas, frias e podem até pingar, o que dificulta tarefas do dia a dia e a convivência social. Nos pés, atrapalha o uso de sandálias e induz a bromidrose plantar (o chulé). A doença ocorre por uma disfunção dos nervos do sistema nervoso simpático, que fica no tórax ou no abdome, que emite mensagem exagerada para as glândulas do suor. Ansiedade e estresse podem desencadear a doença.

 

Tem solução?

Existem várias formas de tratamento, mas é importante procurar o médico dermatologista para o correto diagnóstico, análise de cada situação e o devido tratamento. Na axila, mãos e pés podemos usar a toxina botulínica, que inibe a acetilcolina, necessária para acionar a glândula sudorípara. A aplicação é feita com injeção local e o resultado dura cerca de 7 a 9 meses. Nos pés e mãos é feito o bloqueio anestésico, para evitar a dor. O procedimento é realizado em consultório pelo médico dermatologista.

Também existem dois tipos de cirurgias específicas na região das axilas. Uma delas utiliza uma cureta para raspar as glândulas de suor. A outra utiliza um aparelho de laser com cânula e destrói as glândulas retirando também a gordura. Outro tratamento é a radiofrequência, que preconiza o uso de um aparelho que libera uma energia calórica que destrói as glândulas sudoríparas. São feitas de quatro a seis sessões, uma vez por semana.

Consulte seu dermatologista e cuide-se!

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