Colagenose

O que é?

As colagenoses doenças complexas autoimunes que comprometem muitos tecidos do organismo levando a processos inflamatórios, variáveis e graves. Vamos discorrer sobre algumas das colagenoses como: lúpus eritematoso, dermatomiosite, esclerodermia.

 

O lúpus eritematoso o que é:

Uma doença autoimune inflamatória que pode ser localizada ou sistêmica. Compromete mais mulheres adultas sendo muito grave. O lúpus cutâneo é caracterizado por manchas avermelhadas cicatriciais localizadas principalmente nas áreas expostas. O sol é o grande desencadeador dessas lesões inflamatórias. As lesões podem comprometer também o couro cabeludo causando alopecia cicatricial com muita descamação. O lúpus também pode ser sistêmico com comprometimento de órgãos como articulações, rins, pulmão e até mesmo o coração.

A articulações podem inchar e doer e muitas vezes esse é o primeiro sinal da doença. Pode haver comprometimento dos rins devido aos outros anticorpos, levando até a insuficiência renal.
A lesão clássica do lúpus eritematoso cutâneo crônico é caracterizada por uma placa avermelhada, inflamação, escamas aderidas, espiculas córneas, deixando a área cicatricial com telangectasias ao redor. Ocorrem principalmente na face, pavilhão auricular na região malar bilateral e muitas vezes ocorre também na mucosa.

Outra forma do lúpus eritematoso na pele é a lúpus subagudo, onde ocorre a fotossensibilidade e as lesões nas áreas expostas como: braços, colo e rosto. As lesões podem ser circulares, muito inflamadas e as vezes também hipocrômicas. No caso do lúpus subagudo pode haver dores articulares, mal estar e estado febril. Também podemos ter uma forma mais aguda do lúpus cutâneo com o nome: lúpus eritematoso cutâneo agudo. Pode haver lesões de pele como as que acorrem no lúpus cutâneo crônico e no subagudo, mas nesse caso a doença está evoluindo para a doença sistêmica. O quadro clinico tem as seguintes características: avermelhamento principalmente na parte central da face, queda de cabelo com alopecia difusa sem cicatriz, ferida na ponta dos dedos, lesões ulceradas na mucosa e edema nas pálpebras e lábios. Tudo isso é acompanhado de febre, mal-estar e fotossensibilidade.

O lúpus eritematoso sistêmico vai além da pele comprometendo órgãos internos como pulmões, articulações e rim. O rim tem comprometimento frequente levando até a insuficiência renal.
Pode haver vasculite e feridas na ponta dos dedos.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnostico é clínico avaliando as lesões de pele e os sintomas gerais e também são pedidos exames de laboratório como: hemograma, fator anti núcleo, (FAN) e vários tipos de anticorpos como anticorpo auti DNA, anticorpo anti SM, anticorpo anti RO, anticorpo Anti LA e complemento. Temos também que avaliar a função renal pedindo uréia, creatinina e proteinúria de 24 horas. A biopsia de pele também é necessária na maior parte dos casos.

 

Como tratar?

O mais importante em relação ao tratamento do lúpus eritematoso é o diagnostico correto. No lúpus sistêmico é importante detectar quais órgão estão alterados e qual o nível de comprometimento.

O fotoprotetor é muito importante e deve ser usado todos os dias 3x ao dia. O filtro solar deve ser físico e proteger da luz UVA, UVB e luz visível.

São utilizados também antinflamatorios principalmente o corticoide como prednisona com dose e frequência estabelecido pelo médico. Utilizam-se também os antimaláricos como cloroquina, principalmente no lúpus subagudo. Outros medicamentos são alternativos como: clofazimina, talidomida, melhotrexate, retinoides e sulfona.

Na infância e na gestação também podem ocorrer essa doença com características especiais que devem ser avaliadas pelo médico.
O tratamento precoce do lúpus eritematoso determina o prognostico da doença.

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