Criança Atópica
O que é?
Há várias manifestações de pele na pessoa atópica, sendo algumas consideradas mais significativas e outras menos. As lesões vão se modificando com o passar do tempo. Até os dois anos de idade, elas podem apresentar eczemas na região da face. Entre 2 até a puberdade, as lesões também são eczematosas e comprometem mais as dobras. Após a adolescência, as lesões atingem qualquer parte do corpo e podem comprometer a face.
O principal sintoma é ter a pele muito ressecada. A coceira costuma ser intensa e persistente, seguidas de lesões cutâneas. As lesões são pruriginosas e infecções oportunistas podem surgir e agravar ainda mais o problema.
Crianças atópicas normalmente têm extrema sensibilidade a praticamente tudo que entra em contato com a pele, e mesmo alguns alimentos podem desencadear o processo alérgico, que normalmente apresenta crises recorrentes. O clima frio e o calor pioram ou desencadeiam as crises. No inverno, a situação tende a piorar, pois a pele fica ainda mais ressecada. A hidratação da pele é muito importante e deve ser obrigatória. No verão a hidratação continua sendo imprescindível, pois as crianças transpiram mais, o que ajuda a ressecar a pele.
Como tratar?
A criança atópica precisa de ajuda médica e cuidados constantes, sendo importante não se auto medicar, pois os medicamentos são à base de corticoides e seu uso indiscriminado tem efeitos colaterais.
Algumas dicas que ajudam no dia a dia: utilizar sabonete neutro, tomar um banho por dia (morno), após o banho usar o hidratante indicado pelo médico, evitar utilizar tecidos sintéticos diretamente na pele, usar roupas de algodão, não utilizar produtos com álcool na pele, e entender quais alimentos desencadeiam o processo alérgico na criança para evitá-los.
Além das feridas na pele, a atopia causa feridas emocionais. Ainda há muito desconhecimento sobre o problema, o que leva ao preconceito. É comum, principalmente na escola, a criança ser discriminada e isolada, pois muitos julgam que as lesões de pele são contagiosas, o que não ocorre.
Portanto, mais importante do que o tratamento, é o conhecimento a respeito da doença.